Importancia da Vacinação e Principais doenças que afetam os cães:

Importancia da Vacinação e Principais doenças que afetam os cães:



Segundo o Veterinário Tarso de Oliveira, podemos analisar a importância da vacinação nos animais de estimação através de dois enfoques: o dos animais e o dos humanos.

Os animais necessitam das vacinas para terem uma vida longa e saudável, já que as doenças abaixo citadas se encontram disseminadas em nosso país e são de fácil transmissão. Um filhote não vacinado conta com uma grande possibilidade de não atingir a idade adulta, vítima de uma doença infecciosa. Já os adultos estão sujeitos a adoecerem a qualquer momento quando não vacinados.

Os humanos necessitam ser protegidos das doenças ditas zoonoses, aquelas doenças que são transmitidas do animal para o homem. Dentre as zoonoses podemos destacar a Raiva e a Leptospirose. U m animal que não está devidamente imunizado pode adquirir uma zoonose e transmiti-la para a família de seu proprietário.

As vacinas devem ser aplicadas de acordo com um cronograma estipulado pelo Médico Veterinário a partir dos 45 dias de idade do cão e 60 dias de idade dos gatos, e devem ser repetidas anualmente.

Existe uma grande diferença entre vacinar e aplicar vacina. Aplicar vacina é somente "espetar" o animal com a agulha de seringa e introduzir o líquido embaixo da pele, enquanto que vacinar significa proceder de maneira tal, com os produtos biológicos adequados ( vacinas de boa procedência ), para que se tenha a certeza que o animal produzirá anti-corpos e estará protegido contra as doenças infecciosas.

A vacina é de responsabilidade única do Médico Veterinário, não podendo ser aplicada por outra pessoa, pois somente o Médico Veterinário está apto a examinar o animal e saber se este está livre de qualquer enfermidade que possa prejudicar a imunização.

A Raiva é uma enfermidade infecto-contagiosa aguda, sempre fatal, caraterizada principalmente por sinais nervosos ora representados por agressividade, ora por paresia e paralisia.

É causada por um RNA – vírus da família Rhabdoviridade e acomete todos os mamíferos, inclusive o homem. A transmissão se dá através dos próprios animais doentes e também por portadores inaparentes sendo introduzidos pela saliva via subcutânea para dentro do organismo do animal. É muito comum adquirir raiva após sofrer uma mordida de um animal contaminado.

A Cinomose é uma doença aguda e fatal de cães e de seus parentes próximos da familia Canidae. É a mais grave doença dos cães (excetuando-se a raiva), causado por um Paramyxovírus.

Os filhotes acometidos pelo vírus da cinomose poderão desenvolver rapidamente sintomas de envolvimento do sistema nervoso central. Muitos se mostram deprimidos, com incoordenação motora ( andar cambaleante e “queda dos quartos traseiros”) , tremores musculares e frequentemente desenvolvem um quadro convulsivo e morrem em coma.

Em algumas infecções agudas a depressão, febre, diarreia, descargas oculares e nasais são comumente observados. Os cães que não se recuperam nos estágios iniciais da doença e desenvolvem sintomas nervosos tem poucas chances de sobreviver. Os que sobrevivem frequentemente tem sequelas que são caracterizadas por tremores musculares involuntários.

A prevenção é como nas demais baseada em um bom programa de vacinação com revacinações anuais.

A Hepatite Viral Canina é uma doença causada por um vírus que NÃO atinge o homem. Sua ocorrência é bem menos freqüente que a cinomose e a parvovirose, e a mortalidade também não é tão alta. O período de incubação é de 2 a 5 dias. O vírus atinge o fígado e outros órgãos, especialmente os rins.

O animal pode apresentar desde sintomas leves até um quadro bastante severo. Os sinais clínicos incluem febre, apatia, inapetência, vômitos amarelo-esverdeados, diarréia e, em uma pequena porcentagem de cães, uma alteração ocular denominada "olho azul" (edema da córnea), reversível na maioria dos casos.

O tratamento é sintomático, e visa dar condições de reação ao organismo.

A Leptospirose é uma zoonose que pode se classificar em aguda e cronica Na forma aguda apresenta icterícia (amarelão), hemorragia, diarreia e dor abdominal. Sangramento das narinas, boca e urina são sinais frequentes. Na forma crônica os sintoma são indicativos de doença renal crônica.

O tratamento é passível do uso de antibióticos, porém a vacinação é a melhor forma de prevenir.

A Parvovirose é uma doença extremamente contagiosa que afeta cães não vacinados, essencialmente os mais jovens. É uma doença com elevada mortalidade.

As fezes são a fonte primária de infecção, podendo o animal eliminar o vírus por 14 dias. Normalmente os primeiros sintomas surgem 2 a 4 dias após a exposição ao vírus. Começam por ficar tristes, recusam a comida, depois iniciam vômitos profusos seguidos de diarreia líquida hemorrágica. Os animais desidratam muito rapidamente, sofrendo desequilíbrios eletrolíticos graves. O animal pode morrer em 24 a 48 horas. Pode afetar outros orgãos como a medula, levando a linfopenia (baixo número de células de defesa) e consequentemente condiciona um crescimento bacteriano, febres altas e morte por choque séptico.

Pode também causar alterações cardíacas que se manifestam mais tarde, em animais recuperados.

É muito difícil eliminar o vírus do ambiente, podendo manter-se até um ano ativo.

A Traqueobronquite infecciosa (também chamada Tosse dos canis) na coleção de doenças do trato respiratório canino, altamente contagiosa, caracterizada por tosse curta e repetida, que pode durar de vários dias a algumas semanas.

A transmissão se dá por aerossóis, tornando-se frequente em locais onde se abrigam grandes quantidades de cães (exposições, abrigos para animais, lojas, hospitais veterinários e instalações de pesquisa). Os agentes também podem ser transmitidos por fômites (gaiolas, comedouros, bebedouros, funcionários, etc).

Pode existir nas formas suave ou branda:

A- Forma Suave

Forma mais comum, caracteriza-se por tosse seca e repetida, de início agudo. Este sintoma, geralmente é acompanhado por movimentos de esforço de vômito, geralmente confundidos com engasgo pelo proprietário. A tosse pode ser alta, devido ao inchaço das cordas vocais e pode ser mais evidente em momentos de exercício ou excitação.
Tipicamente o animal permanece alerta, se alimentando e sem sinais de febre.
O curso clínico geralmente varia entre 7 e 14 dias.

B- Forma Severa

Menos comum, geralmente resulta de infecções mistas em cãezinhos não vacinados, especialmente provenientes de ambientes como lojas e abrigos de animais. A broncopneumonia bacteriana complicante, parece ser o determinante da severidade.
Neste caso, pode-se encontrar tosse produtiva devido à traqueobronquite acrescida de broncopneumonia, pode existir sinais como anorexia, depressão, febre e uma descarga nasocular.
A forma severa é difícil de se distinguir da cinomose e pode ser fatal.

Vacinando seu animal de estimação estaremos reduzindo as chances deles adoecerem (pois afinal NENHUMA vacina é 100% eficaz) e automaticamente, nos protegendo também!

Qualquer dívida, meu email é anaccquevedo@gmail.com

Até a próxima!

Ana Cristina Quevedo

http://incongruentelisura.blogspot.com/

http://drinkseafins.blogspot.com/

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4 Responses so far.

  1. Anônimo says:

    Nem me fale amiga. vacinação nos dogs é coisa super séria! ^^ Bjocas e boa sexta! ;***

  2. claudia says:

    Agora imagina a cena(tenho APENAS nove cães)..eu levando um por um ao vet.para a vacinação anual...na verdade levo apenas 7,pois as duas grandes tem que ser vacinadas em casa e apenas por mim e meu marido..nem vet.bota a mão nelas de medo!!!

  3. Unknown says:

    eu já perdi um cachorrinho por cinomose... foi muito triste!

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